"Já ouviu falar de supernovas? Elas brilham com mais força que qualquer outra coisa no céu, e depois se apagam de uma hora para outra. Uma supernova é uma explosão de uma energia extraordinária."
Elsie e Ben pareciam ter todo o tempo do mundo: vinte e poucos anos, recém-casados, apaixonados. Entre eles as coisas sempre aconteceram depressa, como uma explosão irrefreável de energia. Elsie só não tinha como saber que o brilho de seu romance seria tão fugaz. Pouco mais de uma semana depois de se casar, Elsie perde Ben em um acidente e sente o futuro se desfazer diante de seus olhos. Só o que resta é um eterno agora, carregado de questões não resolvidas do passado. Para atravessar sua dor, Elsie precisará inevitavelmente olhar para trás. Não só para entender a dimensão de sua perda, mas também para conhecer a nova família que nunca chegou a ter – e para descobrir, enfim, quem ela se tornou depois de ter seu final feliz interrompido.

Se você é leitor assíduo do Every Little Book, você já sabe que eu vou
ler toda e qualquer coisa que a Taylor lançar, então, de antemão, já adianto que eu
amei essa história, assim como todos os outros títulos já resenhados aqui.
O que precisamos ter em mente é que, apesar desse livro ter chego ao
Brasil em 2021, ele foi originalmente escrito em 2013, então a maneira de narrar
e descrever as situações é um pouco diferente dos tão aclamados Os sete maridos
de Evelyn Hugo, Daisy Jones and the six e Malibu Renasce, mas, ainda assim, é
maravilhoso.
Então aqui cabe o alerta de: Pegue o lencinho!
As primeiras páginas já nos fazem pensar: EITA, como é que se começa uma
história assim? Se Ben vai morrer na "página 05", como é que ela vai
conseguir nos manter nessa leitura até o fim? Sim, a Taylor faz, ela narra a
história de uma casal comum, o senso de vida real é muito palpável e essa morte
não é um spoiler, e sim, o ponto de partida de um livro lindo na mesma medida
que triste.
Quando uma relação é brutalmente interrompida, as pessoas que sobram
constroem novas versões de si, de quem eram e das histórias que deixarão de
viver. Precisamos aprender a rir das pequenas coisas. Por mais que a pessoa
seja forte, inteligente ou durona, o mundo sempre encontra uma forma de jogar a
gente para baixo, e quando isso acontece, a única coisa que é possível fazer é
aguentar firme.
Mais importante do que contar o que aconteceu, é contar como aconteceu, e
essa maneira de nos contar é através dos pequenos detalhes das memórias que
Elsie revisita e também da memória de todos que tiveram uma breve relação com o
Ben. E nos apaixonamos por um personagem que conhecemos por menos de 10
páginas.
Ben e Elsie nos convence de que é possível viver um amor tão intensamente, como
se o felizes para sempre fosse possível, mas então somos obrigados a enfrentar
a fatalidade de um acidente, e esse amor vai esbarrar por diversas vezes em
questões tão burocráticas e tristes que vai nos deixar pensativos por
dias.
Eu não sei como a Taylor faz isso, mas essa é uma leitura perfeita para
quem ama se imaginar parte da história; talvez parte do encanto que eu sempre
encontro nas narrativas da Taylor Jenkins sejam a facilidade e a naturalidade que
ela tem em construir diálogos, todas as conversas parecem muito reais, e às
vezes até com uma certa subjetividade que nos convence de quanto os
personagens são humanos.
Os personagens secundários são, como de costume nas história da Taylor, fundamentais para compreendermos a história, e eles agregam tanto que fica sempre difícil acreditar que essa história seja fictícia.
Essa narrativa nos prende, porque não é sobre uma história de amor, mas sim sobre como sobreviver após experimentar tal amor. O livro conta o processo de cura da dor de perder alguém e o quanto é difícil perceber que o mundo continua a girar, as pessoas continuam a sorrir e viver, independente do seu mundo estar colapsando.
Para Sempre interrompido é o livro de estreia da Taylor, então se assim
como eu, você começou pelos hypados, entenda que aqui a ambientação está para
personagens mais gente como a gente, assim como é em Amor(es) Verdadeiro(s) ,
Em outra vida, Talvez? e Depois do sim.
QUOTES:
"[...] só porque durou menos do que deveria, não significa que não
aconteceu, simplesmente só durou menos do que deveria, só isso, você precisa se
perdoar[...] seu casamento durou 9 dias e isso não diz nada sobre o quanto você
era apaixonada por ele."
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