Na nova edição do livro que conquistou milhões de leitores ao redor do mundo, Yuval Noah Harari questiona tudo o que sabemos sobre a trajetória humana no planeta ao explorar quem somos, como chegamos até aqui e por quais caminhos ainda poderemos seguir. O planeta Terra tem cerca de 4,5 bilhões de anos. Numa fração ínfima desse tempo, uma espécie entre incontáveis outras o dominou: nós, humanos. Somos os animais mais evoluídos e mais destrutivos que jamais viveram.Sapiens é a obra-prima de Yuval Noah Harari e o consagrou como um dos pensadores mais brilhantes da atualidade. Num feito surpreendente, que já fez deste livro um clássico contemporâneo, o historiador israelense aplica uma fascinante narrativa histórica a todas as instâncias do percurso humano sobre a Terra. Da Idade da Pedra ao Vale do Silício, temos aqui uma visão ampla e crítica da jornada em que deixamos de ser meros símios para nos tornarmos os governantes do mundo.Harari se vale de uma abordagem multidisciplinar que preenche as lacunas entre história, biologia, filosofia e economia, e, com uma perspectiva macro e micro, analisa não apenas os grandes acontecimentos, mas também as mudanças mais sutis notadas pelos indivíduos.
Yuval Noah Harari é um
historiador Israelense contemporâneo muito relevante e que eu ainda não
conhecia até uns quatro anos atrás, e foi depois que descobri Sapiens que já
foi publicado no Brasil pela LPM e agora relançado pela nova casa editorial do
autor, a Companhia das letras, que meu leque de leituras aumentou
drasticamente.
O livro compreende 70 mil anos de história em pouco mais de 400 páginas, a macro história contada está dividida em três grandes revoluções: revolução cognitiva, onde o Sapiens desenvolveu a capacidade de criar e imaginar sistemas de crenças e comportamentos que permitiu que nos organizássemos em grandes sociedade. Harari defende que a nossa capacidade em cooperar está ligada ao processo de ser capaz de imaginar histórias.
A revolução agrícola, que
permitiu que a sociedade deixasse de ser nômade por causa da busca de alimentos
e fixasse moradia em determinados pontos, para desenvolver-se até o ponto que
nos conhecemos como hoje e a revolução cientifica, que engloba
todos os avanços tecnológicos e descobertas da ciências que temos até o
presente, incluindo aqui invenções como o dinheiro ou instituições como a
religião, porém, o foco não está no fato de sermos capaz de descobrir as coisas
devido a inteligência e sim, a descoberta do fato de que não temos respostas
para os questionamentos mais importantes, defendendo uma espécie de revolução
de origem ignorante.
“O dinheiro é o único sistema de confiança criado pelos humanos capaz de superar praticamente qualquer abismo cultural, além de não discriminar religião, gênero, raça idade ou orientação sexual.”
“[…] os humanos criaram ordens imaginadas e desenvolveram sistemas de escrita. Essas duas invenções preencheram as lacunas deixadas por nossa herança biológica.”
A investigação e
organização dos fatos históricos que constituíram a humanidade até leva em
alguns momentos a biologia como um fator a ser considerado, mas o foco é
realmente os processos históricos culturais que nos tornaram o que somos
e a análise é feita numa escala de raça como um todo sem detalhar a
especificidade de um ou outro continente.
No haul dos livros de não
ficção, o conteúdo do historiador é simples, direto ao ponto e muito
interessante, e quem dera nossas aulas de história no colégio tivesse um
dedinho de desenvoltura que esse moço tem para explicar as coisas, talvez
o futuro dos brasileiros fosse um pouquinho diferente, afinal de contas, um
povo que dá importância para fatos do passado pode aprender a errar menos no
futuro (o que não é muito o nosso caso), mas vida que segue.
Se pensarmos que a última
revolução que é exemplificada pelo autor aconteceu há menos de 500 anos,
a pergunta que fica no ar é para onde iremos, qual seria o próximo passo
da humanidade? E embora, nesse exemplar não cheguemos a uma resposta em específico,
há outras publicações já resenhadas do autor aqui como Homo Deus que
explanam o nosso futuro.
Por mais que o livro
trace uma panorama linear em ordem cronológica da história de maneira direta e
simples, essa não é uma leitura muito rápida ou simples pelo fato de que há
muita informação a ser absorvida, muitos pontos a serem refletidos, mas, ainda
assim, é um tipo de leitura que eu indicaria para qualquer curioso, desde um
adolescente até um senhor de idade, afinal, quanto mais pensarmos e aprendermos
sobre o passado, menor as chances de criarmos situações que venham nos
extinguir como raça.
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