As respostas aos mistérios apresentados no primeiro volume estão nesta linda história de amor e ódio, vingança e redenção, destruição e salvação – a emocionante sequência do aclamado Um estranho sonhador.Sarai vive e respira pesadelos desde os seis anos de idade. Ela acreditava que conhecia todo horror e que nada a surpreenderia – mas estava errada. Após o final surpreendente do primeiro volume da duologia, Sarai e Lazlo – o estranho sonhador – lutam para compreender os novos limites de si mesmos enquanto sofrem nas mãos de uma deusa de mente sombria que deseja se vingar dos habitantes da cidade de Lamento.Enquanto humanos e deuses temem as consequências desse embate, um novo inimigo quebra suas frágeis esperanças e os mistérios dos Mesarthim são ressuscitados: de onde vieram os deuses e por quê? O que foi feito com as milhares de crianças nascidas no berçário da cidadela? E o mais importante de tudo: ao abrir portas esquecidas que revelam novos mundos, os heróis sempre devem matar monstros, ou é possível salvá-los?Sarai vai descobrir que apenas a mais terrível necessidade pode nos mostrar nossas próprias profundezas – e ela, a Musa dos Pesadelos, ainda não descobriu do que é capaz.

Era uma vez uma garota conhecida por todos como a Musa dos Pesadelos e que acabou se tornando uma Deusa dos Sonhos. A história acabou muito bem.
O livro começa exatamente após os últimos acontecimentos de Um Estranho Sonhador, e já no início do livro, além de acompanharmos a inevitável realidade que se abateu sobre Sarai - agora um fantasma mantido sob o domínio de Minya - somos apresentados à duas novas personagens: as irmãs Kora e Nova. A história das irmãs irá se entrelaçar a do plot principal e conduzir os leitores para as respostas que eventualmente procurávamos desde o 1º livro.
Nessa sequência vamos acompanhando o crescimento de alguns personagens e nos deparando com algumas referências a uma trilogia da autora, Feita de Fumaça e Osso (a minha favorita da vida), e gente, como.eu.surtei!
A principal força do livro, com certeza, continua sendo os personagens.
Gostei der ver a Mynia e os fragmentos de suas memórias e todos os estilhaços que vieram disso, além de sua raiva, que sempre foi pesada como chumbo. Amei a (des)construção de Thyon Nero, suas sutis descobertas e como ele nunca mais seria o mesmo e nem estaria mais sozinho.
Senti também toda a força do sentimento desafiador entre Eril-Fane e Azareen, dois amantes tão desesperados para resgatarem a promessa de durarem para sempre, e, apesar de não ter gostado tanto dos momentos entre a Sarai e o Lazlo nesse segundo livro, não posso negar que o amor dos dois continua sendo desses capazes de dobrar o mundo à sua vontade.
Tudo sobre eles é intenso, onírico, mas capaz de preencher todos os espaços.
E deixo aqui uma menção honrosa a Calixte, que de longe foi uma das minhas personagens favoritas desde o 1º livro. Feral, Rubi e Pardal, tiveram muito pouco destaque aqui, mas não é como se isso tivesse deixado algum tipo de vazio, afinal, a Pardal é responsável por devolver meu coração quando a Laini impiedosamente o arrancou nesse livro.
Temos o ritmo da narrativa acelerada na segunda parte, e à medida que o enredo se desenrola tudo vai se encaixando como peças de um quebra-cabeça minuciosamente elaborado e onde todas as bordas quebradas se reconstroem para dar lugar a vários recomeços.
Laini é uma autora que sempre se destaca quando se trata de criação de mundos, e aqui não foi diferente, você se agarra a sua narrativa como se fizesse parte da história e houvesse algo real e tocável diante dos seus próprios olhos.
Em uma última análise, A Musa dos Pesadelos nos entregou uma conclusão surpreendente e digna; foi um livro devastador, dolorido e doce. E eu não posso deixar de desejar que, apesar de ser uma duologia, a Laini escreva outro livro dando novos vértices para essa história.
Mais uma vez, eu digo que só consigo me imaginar daqui a cinquenta anos numa cadeira confortável em frente a uma lareira, com uma xícara de chá na mão, um gato no colo, e um livro da Laini Taylor do lado.
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