Num mundo dividido entre humanos e ciborgues, “Cinder” é uma cidadã de segunda classe.
Com um passado misterioso, esta princesa criada como gata borralheira vive humilhada pela sua madrasta e é considerada culpada pela doença de sua meia-irmã. Mas quando seu caminho se cruza com o do charmoso príncipe Kai, ela acaba se vendo no meio de uma batalha intergaláctica, e de um romance proibido, neste misto de conto de fadas com ficção distópica.
Primeiro volume da série As Crônicas Lunares, Cinder une elementos clássicos e ação eletrizante, num universo futurístico primorosamente construído.
Livro: Cinder || Autor: Marissa Meyer || Série: As Crônicas Lunares
Editora: Rocco || Ano: 2012 || Gênero: Ficção Cientifica
Classificação: 5 estrelas || Resenhista: Barbara

Cinder, sempre foi um livro que me chamou muita atenção,
principalmente por ser uma releitura do conto da Cinderela e pela capa
diferente que apresentava, um pé robótico dentro de um sapato vermelho, já
mostrando que o livro não seria nada convencional, afinal, nossa Cinder é uma
Ciborgue.
O livro é ambientado no futuro, pós Quarta Guerra Mundial, a
Nova Pequim é uma das Comunidades existentes na terra, possuindo uma politica
monárquica, onde o Imperador está sofrendo no estágio três de uma doença sem
cura que vem destruindo a humanidade.
“Letumose. A febre azul. Pandemia mundial. Centenas de milhares de mortos. Causa desconhecida. Cura desconhecida.”
Mesmo sendo uma sociedade avançada tecnologicamente falando,
não há ninguém capaz de encontrar a cura para essa doença. O que deixa o jovem
príncipe Kai preocupado, pois sabe que com a morte do pai, as coisas entre a
Nova Pequim e a Lua se tornaram mais complicadas, pois Levana, a rainha Lunar, não vê a hora de colocar suas garras sobre a Comunidade.
Por conta da alta tecnologia, a Comunidade é conhecida por
seus diversos drones, androides e ciborgues, que fazem parte da sociedade. O
mundo acaba se dividindo em quatro tipos de habitantes: Os humanos, os lunares,
os ciborgues e os androides.
Os lunares são humanos que logo após a grande guerra criaram
uma colônia na Lua e se desenvolveram lá, criando assim alguns dons diferentes
dos humanos, o que sempre causou certo medo e desconforto entre os humanos.
“A Lua sempre lhe causara certa paranoia, como se as pessoas que morassem lá pudessem estar observando-a, e tinha medo que, se olhasse por muito tempo, pudesse atrair a atenção delas. Uma superstição sem sentido, mas tudo a respeito dos lunares era misterioso e envolto em superstições.”
Já os ciborgues são humanos que sofreram algum tipo de
acidente e precisaram passar por uma cirurgia e seus corpos foram modificados
para máquinas, o que os transformam em aberrações e muitas vezes, são criados
dos humanos normais, por não serem bem aceitos. Sendo aí, que encontramos nossa
protagonista, Cinder, de apenas dezesseis anos, uma ciborgue adotada por um
cientista que faleceu por conta da praga, deixando-a sozinha com sua terrível
madrasta, Adri e suas duas irmãs.
Cinder é a melhor mecânica da Nova Pequim o que a faz ter um
encontro nada esperado com o futuro imperador, que precisava que ela
concertasse seu Androide com urgência. Ela promete entregar o androide no baile
que acontecerá em breve, animada com a ideia de poder participar de um baile.
Quando volta para casa, tenta contar para a única da família que parece se importar com ela, sua irmã mais nova, Peony sobre o príncipe e o baile, mas sua madrasta não lhe autoriza ir, acabando de vez com seus sonhos. E tudo parece desandar a partir daí. Em uma visita ao ferro velho com a irmã mais nova, para achar peças para o Androide do príncipe, Peony demonstra sintomas da praga e é levada para quarentena. Adri lhe culpa pelo ocorrido e a manda como cobaia dos experimentos de Letumose, quando sua vida vira de cabeça para baixo.
Sempre fui apaixonada por conto de fadas, que garota não
passou a infância vendo filmes e lendo contos? Sempre gostei muito de
releituras, mas Cinder e as Crônicas Lunares me conquistaram completamente,
Marissa Meyer se tornou uma das escritoras que mais admiro e sempre busco
conhecer mais sobre seu trabalho.
A narração é em terceira pessoa, fluindo bem e lhe fazendo
querer chegar logo ao final de cada capitulo na esperança de ter mais e mais
informações. Mesmo sendo uma releitura de um conto famoso, ele foge
completamente dos padrões e consegue te surpreender a cada página, mas sem
deixar de ter os pontos bases da história.
Toca temas importantes, como a descriminação daqueles que são
ciborgues, pois por causa de algum acidente tiveram que trocar parte do corpo e
perdem assim sua identidade humana. O que faz de Cinder uma personagem tão
interessante, sem contar que sou apaixonada por personagens femininas fortes e
que não se deixam abalar pelo primeiro desafio que aparece em sua vida. Como
também a divisão social e a luta para sobreviver, principalmente daqueles de
baixa renda.
Além de Cinder, temos outros personagens que ganham destaque
rapidamente, como Iko, a Androide e melhor amiga da protagonista, Peony com seu
jeito meigo e amor incondicional pela meia irmã, Kai e sua forma diferente de
ver o mundo e querer governa e até mesmo Levana, que mesmo com poucas
informações iniciais, se torna uma presença forte e assustadora durante todo o
livro.
É um livro que me prendeu do inicio ao fim, sem muita
enrolação, que faz com que você volte a se apaixonar por contos de fadas
novamente. Que vale a pena cada pagina lida.
Sendo um livro de ficção, uma releitura bem elaborada de um
conto, que trás muita dinâmica e aventura, não focando no romance, algo que não
acontece nesse livro, se tornando um livro interessante desde a primeira
página, que vai te deixar com vontade de quero mais. Super indico a todos.
"Cinder não caberia em um vestido de baile, de qualquer jeito. Mesmo que encontrasse luvas formais e sapatos em que pudesse esconder suas monstruosidades de metal, seu cabelo sem graça nunca iria segurar um cacho, e não sabia nada sobre maquiagem. Ela acabaria ficando fora da pista de dança, tirando sarro das meninas que desmaiavam para chamar a atenção do príncipe Kai, fingindo que não estava com ciúmes. Fingindo que aquilo não a incomodava."
Oi, Bárbara,
ResponderExcluirMesmo tendo um pouco de aversão à contos de fadas (ou releituras), acho que esse livro tem tudo para me surpreender, tendo em vista que pequenos detalhes (que aguçam o imaginário do leitor) inovadores foram inseridos na história. O que - à primeira vista - me agradou instantaneamente. Além, é claro, desses diferentes elementos reunidos formalizar um bom enredo e serem envolventes.
Bárbara!
ResponderExcluirVários fatores me deixam curiosa por fazer essa leitura.
Primeiro porque adoro releitura dos contos de fadas e essa parece uma daquelas bem modificadas e interessantes.
Depois porque gosto muito de ficção fantasia e ver que a protagonista é uma ciborg que se envolverá com um humano e ainda mais em país asiático, é simplesmente genial.
cheirinhos
Rudy
Oi Bárbara, resenha empolgante. Já tenho interesse nessa série por também achar as capas bonitas e porque gosto de releituras de contos de fada <3 Só vejo comentários positivos sobre a série e a escrita da autora e espero poder ler também mais a frente. Gostei de saber que narração é fluída e que tem bons personagens secundários, esses fatores sempre me animam mais *__*
ResponderExcluirFaz um tempo que quero ler esse livro achei esse releitura bem diferente e parece ser muito boa. Só de ler as resenhas a protagonista já me conquistou adoro personagens fortes e decididas. Gosto muito quando as historias se passam em um mundo futurístico, parece que os personagens como a trama foram bem elaborados.
ResponderExcluirMuito interessante, uma releitura totalmente diferente de tudo que já estamos acostumados mas sem perder a essência do conto original. Acho que essa mistura de humanos e ciborgues foi super bem bolada e prende a atenção do leitor despertando curiosidade.
ResponderExcluirÉ uma leitura que eu faria sim!
Oi Barbara.
ResponderExcluirAdorei essa série. Para mim só falta ler Levana!
Essa foi uma das melhores releituras de contos de fadas que já li. Adorei o mundo criado pela autora, pelos questionamentos políticos e sociais que a trama nos trás e os personagens fortes que tem personalidades marcantes.
Eu li a série em ebook e preciso adquirir os livros físicos! *-*
Beijos
Olá Bárbara!
ResponderExcluirSou fã de releituras e qdo conheci fiquei doida pra ler.
Parecem ser ótimas crônicas, então espero mto ter oportunidade de ler.
Bjs!
Essa é uma série de livros da qual sempre ouvi falar e que me deixa bastante curiosa pela leitura. Gosto do enredo original que a autora criou, com direito a seres que dificilmente vemos retratados dentro da literatura. Além disso, temos temas importantes abordados, com a discriminação do diferente, a desigualdade social, aparentes no livro mesmo que de forma metafórica. A protagonista ser uma personagem forte e segura de si também é um ponto super positivo no livro, além do fator releitura de contos de fadas, que todo mundo ama.
ResponderExcluirGosto de releituras, na grande maioria me encantam. Não li esse livro ainda, vou ler em breve, pois acho a capa muito elegante e a història diferente.
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