Em comemoração ao dia dos Namorados, nossa linda Autora, se contagiou com os casais, e resolveu liberar exclusivamente para os três blogs responsável pela #SemanaAbsoluto, um conto sobre nosso casal preferido!!!
Divirtam-se
Capítulo
1
Gabe
Szaloki estava mais nervoso do que poderia imaginar. Se alguém algum dia
dissesse que já o tinham visto apavorado, ele teria rido na cara da pessoa e
qualquer um saberia que isto era uma mentira deslavada. Isso seria antes. Antes
de Kate. Seu calendário pessoal marcava A.K/D.K, Antes de Kate e Depois de
Kate.
Nem
se sua mãe falasse que algum dia o encontraria completamente apaixonado e
entregue a uma mulher, ele acreditaria. Mas ali estava ele, quase roendo a unha
do polegar, sentado displicentemente na bancada da cozinha, à espera de uma
ideia que pudesse colocar em prática para surpreender sua Kate.
Certo.
Era dia dos namorados, eles já estavam juntos há quase um ano e Gabe queria
preparar algo muito mais do que romântico para sua mulher. Embora vivessem
juntos desde quando acertaram seus ponteiros, cada dia era um novo dia para
Gabe e Kate. Quando ela enfim aceitara seu pedido de casamento e se
comprometera com ele, Gabe poderia certificar que um homem poderia ser mais
feliz do que um ganhador da loteria.
Só
em receber o perdão de Kate naquela ocasião já lhe valera o ano. Tê-la
aceitando seu anel, valera décadas.
Agora
ele precisava superar as expectativas de Kate que dissera que "a maioria
dos homens não sabe nada de romantismo". Era obvio que ele tinha a fama de
ser completamente arredio e destemido nas tribunas. Seus casos eram vistos como
verdadeiras aulas de direito. Seu olhar penetrante poderia fazer desmaiar um
réu mais propício a assustar-se com a intensidade com que Gabe Szaloki
enfrentava seus adversários. Ele era um lutador. A tribuna para ele era um
ringue. Os advogados da contraparte eram seus adversários e bastava que ele
abrisse a boca para que causasse um silêncio absoluto entre os expectadores.
Porém
seu lado húngaro, recheado de romantismo, oriundo das raízes ciganas que seu
povo descendia, mostrava que a paixão não era algo a ser tratado com
leviandade. Ele era um apaixonado em qualquer coisa que fizesse. Mas seu lado
amoroso, aquele onde ele mostrava o ponto máximo de seu coração....este
pertencia somente à Kate. Sua família recebia uma parcela de amor dedicado a
eles. Família, aliança, coração. Kate recebia tudo o que ele podia dar e mais
um pouco.
E
era exatamente isso que ele queria fazer naquele momento. Deixar Kate
estupefata, boquiaberta e sem palavras diante da expressão máxima de seu amor
por ela. Era difícil surpreender uma mulher prática como Kate. Mas ele sabia
que com afinco conseguiria o seu intento.
Olhando
para o polegar agora completamente destruído, Gabe apenas balançou as pernas e
pegou seu celular. Pesquisando em alguns sites ele acabou descobrindo uma
receita sensacional de uma sopa Goulash, típica da Hungria. Gabe sabia que
bastava que ligasse para sua anya que
ela o encheria de ideias sobre o que fazer. Ou melhor, sua mãe era capaz de
aterrissar ali na sua casa com potes e sacolas de mercado, comidas e bebidas
típicas e um sem fim de coisas para incrementar sua noite. Não. Ele queria
fazer algo por ele mesmo. Algo que significasse para Kate que ele passou o dia
pensando apenas nela e em agradá-la.
Gabe
colocou a mão na massa e deu início ao seu projeto culinário. Kate havia
acabado de passar uma mensagem avisando que chegaria um pouco atrasada, já que
estava com Fay comprando mimos para a pequena Ellise, filha da amiga de ambas,
Lana. Claro que Fay conhecia seus planos mais do que ninguém, já que as ideias
loucas sempre partiam daquele cérebro revestido por uma cabeleira ruiva.
Certo.
Ele tinha tempo. Ou esperava ter tempo, quando ergueu os olhos e deparou-se com
o relógio gritando que seu prazo estava esgotando. Gabe mexeu na panela e
sentiu o cheiro simplesmente divino de sua sopa. Se estaria gostosa ele não
fazia a menor ideia, mas que cheirava bem, isso ele tinha certeza. Gabe olhou
para a área onde montara a mesa de jantar, observou se todos os utensílios
estavam adequadamente no lugar, se a aparência estava perfeita para uma noite
perfeita. Só a vista do local já valia à pena.
Seu
celular apitou alertando que havia recebido uma mensagem.
Tudo mais do que
no esquema. Ela não faz ideia do que a espera. E aí? Já organizou tudo,
Absoluto?
Gabe
odiava o apelido que Fay o chamava. E Kate quando queria irritá-lo usava
constantemente.
Yeap. Tudo certo.
Acho que nem sequer queimei a sopa. :)
Alguns
minutos depois outro alerta de mensagem.
Se liga. Se algo
sair errado eu arrebento você. HeHeHe.
Gabe
riu e deixou o celular de lado. Desligando todas as bocas do fogão, ele apanhou
a garrafa de vinho e levou para o balde já recheado de cubos de gelo. Chegou
até a pensar que estava cedo demais para colocá-lo ali, mas o bom senso já nem
sequer se manifestava agora.
Gabe
se dirigiu ao quarto e resolveu tomar um longo banho e se aprontar, deixando
para checar os detalhes restantes na hora adequada.
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Capítulo
2
—
Fay! Pelo amor de Deus, eu nunca conseguiria caminhar com uma...uma...camisola
dessas!— Kate disse num sussurro exasperado.
—
É claro que não estamos pensando em caminhadas aqui, não é mesmo minha adorável
Kate? — Fay zombou. — Com um homem fabuloso como aquele seu, quem gostaria de
caminhar? Querida...caminhar é o que não passaria em minha mente em hipótese
alguma...
Kate
riu e olhou para os lados para ver se mais alguém tinha ouvido os disparates de
sua amiga louca.
—
Em primeiro lugar eu pensei que tínhamos vindo aqui para comprar um pequeno
enxoval para Ellise. Você mudou os planos me fazendo vir aqui nesta loja de
lingeries. — Kate tentou parecer brava, mas era impossível sentir-se assim
perto de Fay.
—
Claro. Porque você simplesmente se esqueceu que dia lindo e maravilhoso será
amanhã. Se não fosse por mim esta data especial passaria batida...— ela disse e
limpou as unhas numa atitude indulgente.
—
Céus, Fay. A romântica do grupo é a Lana. Nem eu poderia imaginar que você
estaria tão antenada na data. — Kate disse rindo.
Fay
caminhou por entre as araras de roupas íntimas e selecionou um conjunto
devastadoramente sexy.
—
Kate, Kate... eu posso ser completamente desnorteada das ideias, mas até eu
consigo extrair de dentro de mim mesma o meu lado mais sedutor e romântico. E o
meu lindo que se prepare, porque a coisa vai ser de arrepiar...
As
duas riram e Kate ergueu novamente a camisola que Fay queria que ela levasse.
Era longa, de seda na cor creme, num tom suave. O decote era singelo e na
verdade a camisola mais se parecia a um vestido de seda do que uma roupa
íntima. O tecido não era transparente em absolutamente nada e suas curvas
ficariam moldadas, porém numa maneira completamente jovial.
Decidindo-se
por uma calcinha sem costuras para não marcar no tecido, ela ainda assim fez
questão que fosse linda e da cor do vestido. Decidiu que seria o suficiente.
As
duas saíram da loja de departamentos e foram em direção ao estacionamento. Gabe
havia acabado de passar uma mensagem dizendo que estava assistindo um jogo de
baseball e que ela tivesse seu tempo. Enquanto ela estava empenhada em fazer
algo para agradá-lo, claro que com o lembrete de Fay, Kate tinha certeza que
Gabe estava completamente alienado da data e simplesmente ficaria satisfeito em
ser o alvo de sua surpresa. Não que Kate se queixasse. Gabe era extremamente
carinhoso e sempre demonstrava para ela, seja em gestos ou em palavras, que a
amava. E Kate amava quando ele declarava seu amor em húngaro, com um forte
acento sexy e rouco que saía de sua voz. Para isto ela passou o dia treinando
dizer as palavras também em húngaro, numa tentativa de surpreendê-lo. Ela
esperava que conseguisse.
Olhou
rapidamente para sua sacola onde o presente que comprara para ele estava bem
alojado. Ela esperava que fosse do agrado de Gabe. Era algo simples, mas
especial.
As
duas entraram no carro de Fay e continuaram suas trocas de zombarias sobre os
namorados respectivos. Fay a importunava todas as vezes dizendo que se casaria
antes dela. Era bem verdade que desde que toda a confusão foi resolvida com
Gabe e ele fizera o pedido de casamento, ela apenas colocara a aliança em sua
mão e esquecera de planejar os detalhes futuros. Ela sentia um certo medo,
internamente, de que estivesse sonhando ainda, que o fim seria o mesmo que teve
com Mike. Apenas planos e nenhuma concretização.
Quando
Fay parou na frente do condomínio de Gabe, as duas se despediram e Kate
caminhou esperançosamente em direção ao seu Gabe. Definitivamente ela faria uma
bela surpresa amanhã.
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Capítulo
3
Gabe
alinhou-se junto à lareira, apoiando seu cotovelo de maneira despretensiosa no
suporte e olhando de relance a foto emoldurada dos dois. Um sorriso brotou em
seus lábios quando ouviu a chave girar mais uma vez e escutou Kate praguejando.
Gabe colocara o trinco especial com três voltas para que ficasse atento e
alerta quando ela chegasse enfim ao apartamento.
As
luzes estavam apagadas e Kate chamou de longe:
—
Gabe? — ele pode ouvir o tom incerto em sua voz. Como ele falou mais cedo que
estaria assistindo um jogo na TV, provavelmente ela esperava que ele estivesse
na sala de estar.
Ele
ouviu os passos de Kate pelo piso, ouviu quando ela tirou os sapatos e virou à
direita, entrando na sala de estar e deparando-se com ele parado em frente à
lareira charmosamente acesa.
—
Ga...— ela interrompeu o chamado quando seus olhos se conectaram aos de Gabe. —
Oh...
Pelo
tom surpreso, Kate prontamente não esperava por esta recepção. O que lhe valia
um ponto extra no projeto "Surpreendendo Kate".
— Olá, querida. — Gabe disse em um tom
sedutor.
Ele
viu quando um sorriso singelo surgiu no canto da boca de Kate enquanto ela
tirava o casaco colocando-o no respaldo do sofá.
—
Ora, ora...Dr. Szaloki...— ela disse caminhando em sua direção. — Interessante
o seu jogo de baseball...
Gabe
sorriu entregando a ela sua taça de vinho que já estava preparada para a
ocasião.
—
Garanto que vai ficar muito mais interessante daqui a pouco...— ele disse e
puxou Kate para o calor de seus braços.
O
ruído das achas de madeira queimando podia ser ouvido acima do som das batidas
de seus corações. Kate entregou-se ao beijo de Gabe, deliciando-se com o sabor
do vinho que brindava sua boca. A joia fria pelo vinho raspava seus dentes e
Kate controlou-se para não morder a língua de Gabe. Ela sabia que quando fazia
isso ele ficava louco. As mãos de Gabe percorreram os braços de Kate e
retiraram de sua mão a taça que ela sequer bebericara.
Em
seguida, Gabe a puxou mais apertado contra seu corpo e Kate exalou um suspiro
de prazer diante da paixão arrebatadora de Gabe. A língua dele com aquela joia
fria pelo vinho fazia maravilhas pelo corpo de Kate.
—
Olá, querido. — ela disse quando pode enfim respirar e seus olhares se
encontraram.
—
Gostou da minha recepção para uma noite fria e desgastante? — ele perguntou.
—
O dia foi desgastante....a noite não. — ela disse e lhe deu uma piscada.
Kate
era adorável. De um jeito todo especial ela fazia com que cada conversa que
eles tivessem fosse recheada de argumentos e sentenças vindouras. Promessas e
mais promessas de pura paixão. Nem ela mesma sabia que armazenava esse poder
todo em si.
—
Você quer uma massagem? — Gabe perguntou já apertando seus dedos em seus ombros
tensos. Delicadamente ele afastava o tecido de sua blusa e distribuía beijos
suaves ao longo de seu pescoço à medida que sua pele ia sendo exposta aos seus
olhos famintos.
—
Aww, Gabe...você sabe mesmo seduzir uma mulher...— ela disse entre um gemido de
prazer pela massagem seguida de beijos em seus ombros.
—
Sei seduzir apenas a minha mulher,
Édes.
Kate
derreteu-se com o apelido carinhoso com que ele a chamava.
—
Você está com fome? — ele perguntou e Kate pode ouvir o tom esperançoso em sua
voz. Muito provavelmente ele esperava que ela dissesse não. Daí eles teriam uma
rodada selvagem entre os lençóis e somente depois encontrariam forças para
arranjar algo para comerem.
—
Neste exato momento? — Kate perguntou virando o pescoço e dando mais acesso aos
dentes de Gabe que agora a mordiscavam.
—
Yeap.
Kate
riu e Gabe a pegou no colo, levando sua carga preciosa para o quarto, onde as
promessas e juras de amor poderiam ser demonstradas de maneira mais adequada ao
momento.
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Capítulo
4
Quando
Kate abriu os olhos momentos depois, ela observou que Gabe não estava ao seu
lado. Erguendo o corpo um pouco mais ela pode ver as horas no relógio digital
que ficava ao lado. 23:59h. Uau. Quase meia noite, e ela e Gabe se enfiaram no
quarto por mais tempo do que pensava. Seu estômago manifestou seu desagrado em
ser esquecido por tanto tempo e Kate se levantou para alcançar seu robe jogado
no chão.
—
Gabe? — ela chamou e a cena pareceu um dejavú, exatamente como quando ela
chegara mais cedo naquela noite.
O
que a esperava não poderia deixar de surpreendê-la. Gabe estava parado, ao lado
da mesa de jantar, completamente vestido em trajes de gala e com duas taças nas
mãos.
—
Oh, oh...— ela disse e parou sua caminhada. — Você está cheio de surpresas, Dr.
Szaloki. — Kate disse e riu, apertando mais ainda o robe contra seu corpo.
Embora a casa estivesse aquecida com o calor da lareira e os temporizadores
ultra modernos que Gabe fazia questão de ter, ela sentiu um arrepio
percorrer sua espinha dorsal.
—
Eu sou um homem surpreendente. — ele disse com um sorriso torto.
—
E modesto. — Kate completou.
—
E modesto, claro. Como eu poderia me esquecer desta qualidade tão peculiar em
mim? — ele disse e entregou a taça nas mãos trêmulas de Kate. Mais uma taça de
vinho e ela estaria completamente embriagada.
Puxando-a
até sua cadeira, Gabe agiu totalmente cavalheiresco a ajeitando delicadamente
diante de uma mesa magnificamente posta à sua frente. Kate aspirou o ar e
sentiu o agradável cheiro do vapor que saía da baixela no centro da mesa.
—
Oh...quando você fez tudo isso? — ela perguntou desconfiada.
—
Seria um segredo, mas não posso deixar de me gabar e dizer que passei o dia
inteiro no preparo deste evento. — ele disse e ainda ao seu lado beijou sua
cabeça. Em seguida, Gabe sentou-se à sua frente.
O
grande paredão de vidro que permitia a vista do mar completava o belo cenário
que Gabe organizara para surpreendê-la. E Kate estava definitivamente abismada
com o capricho com que ele fizera tudo aquilo para ela.
—
Claro que, como um bom namorado, futuramente marido, eu não poderia deixar de
passar esta data que...— ele olhou para seu relógio de pulso.— ...Começou há
exatamente 4 minutos. Droga...era pra ter sido pontual.
Kate
riu e apenas esperou que ele finalizasse seu discurso.
—
Eu poderia ter esperado esta data para simplesmente pedi-la em casamento, mas
não faz parte da minha natureza egoísta esperar tanto tempo em assegurar que
você realmente fosse minha. — ele disse e limpou a garganta. — O que acabou me
deixando sem muitas opções românticas para presenteá-la hoje.
—
Gabe...é apenas uma data...— ela tentou dizer, mas ele ergueu a mão impedindo
que continuasse.
—
Não se trata da data em si, Édes. Trata-se do início de algo que ficará
eternamente marcado em nossa história. — ele disse e seu olhar era intenso.
Kate sentiu seu rosto esquentar. — Eu prometo fazer de cada dia que tenhamos
juntos uma data especial, uma lembrança, um marco. Seja por nossos momentos
românticos, sedutores ou até mesmo pelos momentos ásperos. — Gabe ergueu uma sobrancelha
indagativamente.— Embora eu tenha que dizer que brigar leva aos momentos em que
fazemos as pazes e o sexo realmente é ótimo e original nestas ocasiões.
Kate
riu e colocou as mãos frias na face quente. Gabe ainda conseguia fazer com que
ela corasse. Isto em si já era surpreendente.
—
Quero que você se lembre deste dia eternamente. Eu não posso prometer que vou
elaborar algo grandioso todos os anos, mas posso prometer que vou fazer de tudo
para fazê-la feliz. — Gabe lhe deu um sorriso arrebatador. — Você é minha alma,
Zív. Meu coração, meu tudo. Você me completa e acrescenta detalhes em mim mesmo
que nunca antes tinha percebido. Eu espero que o desenrolar da minha surpresa
seja algo realmente verdadeiro e eterno.
Kate
enxugou uma lágrima sorrateira que descia por seu rosto e sem nem ao menos
saber o que fazer, apenas olhou para um emocionado Gabe.
—
Agora, coma sua sopa. Preparada por mim, porque você vai precisar de forças
para o que virá a seguir....— ele disse e piscou um olho de maneira enigmática.
Este era seu Gabe. Sempre tentando agir como se tivesse uma carta poderosa nas
mãos.
—
Okay. — ela disse e serviu-se da sopa Goulash que ele havia dito ter feito
especialmente para ela. — Oh...uau....— ela disse limpando uma gota que teimava
em sair de seus lábios. — Está deliciosa, Gabe. Você mesmo fez? — Kate
perguntou desconfiada. Gabe poderia muito bem ter encomendado o prato com sua
mãe sem ela saber.
—
Não fira meu coração, Édes. — ele disse e dramaticamente colocou a mão em seu
peito.— Preparei sozinho e absolutamente sozinho tudo isto que você vê aí.
Claro, que com exceção dos itens industrializados que me auxiliaram no
processo.
O
jantar prosseguiu calmamente, com os dois trocando olhares amorosos entre si.
Kate estava realmente sem palavras e em seu coração ela brigava consigo mesma
por não ter pensado em algo tão ou mais romântico que ele. Droga. Ela deveria ter ouvido Fay. Kate pensou.
Quando
ambos terminaram seu segundo copo de vinho, Gabe a levantou da cadeira
arrastando-a junto consigo até a parede de vidro, e mantendo-a aninhada ao seu
corpo enquanto admiravam a lua iluminada uma faixa no mar.
—
Daqui a pouco será um novo começo, Zív. E o que preciso dizer para você é que
simplesmente te amo, com tudo o que sou. Szeretlek. — ele disse e fez um afago
em seu pescoço.
—
Gabe...eu...ah...— ela disse e virou-se para ficar de frente com ele. —
Ah...espera....estou nervosa....
—
Com o que?
—
Ah...Svere...não...Szere....oh, céus...é mais difícil do que eu pensei...— ela
disse e riu baixinho com a testa apoiada no peito de Gabe. — Szere...tlek.
Pronto.
Ela havia completado sua declaração em húngaro. Provavelmente devia estar um
lixo com o sotaque dela, mas ao menos ela fez questão de mostrar através das
raízes da descendência dele, que ela o amava em qualquer idioma.
—
Eu te amo. — ela repetiu. — Foi isso que eu quis dizer...
Kate
percebeu que Gabe segurava para não rir.
—
Foi isso que você tentou dizer, Édes? — ele perguntou zombando.
Kate
deu-lhe um tapa no ombro.
—
Gabe! Não zombe de mim! — ela tentou parecer brava, mas um sorriso também saía
de sua boca. — Eu ao menos tentei falar esta...esta...palavra...
—
De maneira desastrosa...— ele disse e riu quando levou outro tapa. — Ai!
Calma...estou apenas brincando...foi lindo, meu amor...um pouco mais de treino
e vai sair naturalmente. — Gabe disse e a ergueu nos braços colocando seus
rostos na mesma altura. — Mas eu não me importo em ouvir novamente.
—
Em húngaro? — ela perguntou temerosa.
—
Em qualquer língua que você quiser...ou de qualquer maneira que você quiser
demonstrar...
Enquanto
dizia isso, Gabe a levou de volta ao quarto, para mais um momento em que apenas
seus corpos e sussurros se manifestariam, guiados pelo coração e pelo amor que
sentiam um pelo outro.
Capítulo
5
Quando
o relógio marcava 5: 47h, Kate percebeu que Gabe a manipulava na cama para que
ela se sentasse.
—
Vamos, amor. Levante-se.
—
Ahhhhh....— Kate gemeu ainda com os olhos fechados. — Me deixa dormir...
—
Não....se não perderemos o espetáculo.
—
Que espetáculo, Gabe? Você sabe que horas são? — Kate perguntou abrindo apenas
um olho.
—
Sei. É hora de mudar o que está errado nesse quarto.
—
Hã?
Kate
não estava entendendo, mas Gabe apenas a ergueu da cama. Ela tentou alcançar o
robe, mas ele a impediu.
—
Não. Você está linda assim, somente com essa camisola...— Gabe disse e passou
as mãos pelo seu corpo. — Inclusive, belíssima por sinal...
Só
aí Kate percebeu que estava vestindo a camisola que ela comprara no dia
anterior na companhia de Fay. Como a vestimenta fora parar no seu corpo ela não
fazia a mínima ideia.
Gabe
a puxou pela mão pelo longo corredor que levava às portas de saída que davam
para o mar. Ela sentiu um arrepio por todo o corpo quando o vento frio do
início da manhã penetrou na casa aquecida.
—
Gabe! — ela gritou tentando fazer com que ele parasse. — Me deixe ao menos
pegar um casaco!
Estava
frio lá fora e Kate pode ver apenas a luz insidiosa do sol querendo nascer.
Quando ela percebeu que Gabe a levava no colo com toda pressa até um
determinado ponto da areia, Kate quase desmaiou com o que viu.
Um
pequeno púlpito decorado com flores brancas e um tecido diáfano e flutuante
abrigava atrás de si um homem que muito provavelmente ela poderia afirmar que
fosse um....
—
Pronto, Carl. Aqui estamos. — Gabe disse e a colocou de pé na areia que estava
coberta por um tecido quente. Ao menos seus pés estavam bem mais quentinhos na
história. — Pode começar.
—
Gabor Szaloki, você aceita Katherine Campbell como sua legítima esposa, para
adorá-la, honrá-la, irritá-la e continuar amando até que seus dias se findem
nesta terra fria? — ele perguntou.
Kate
estava estupefata. Gabe tramara aquilo tudo. E agora ela até mesmo se recordava
de Fay falando em seu ouvido. "Uhhh...esta
camisola até se parece com belo vestido de noiva, você não acha?".
Gabe a olhou e apontou para o horizonte que marcava o encontro do céu e do mar.
Naquele exato momento, o grande círculo laranja se erguia imponente num
belíssimo nascer do sol que ficaria gravado na mente de Kate eternamente.
—
Sim. Aceito. Diante de qualquer pôr do sol ou raiar, o único que posso dizer é
que nada se compara a ter esta mulher ao meu lado pelo resto de nossos dias. —
ele disse com a voz rouca de emoção.
Okay.
Kate agora estava chorando. Ainda bem que não estava de maquiagem. Possivelmente
ela choraria petróleo por conta do rímel.
—
Katherine Campbell, você aceita honrar este homem, ostentando lindamente seu
sobrenome para mostrar ao mundo e a todos, neste frio... — O juiz fez questão
de olhar bravo para Gabe.— que você pertence a este homem como ele pertence a
você?
Kate
olhou para Gabe e simplesmente pulou em seu pescoço.
—
Sim! Sim...— ela disse e o beijou com toda a volúpia que ardia em seu corpo
naquele momento.
Um
pigarro foi ouvido.
—
Eu odeio quando as pessoas quebram todo o clima da cerimônia e sequer esperam
que eu diga : "pode beijar a noiva" ....— o juiz disse. — Isso
estraga toda a performance que venho executando há anos.
—
Cala a boca, Carl. — Gabe disse e continuou beijando sua mulher. Kate agora era
sua esposa. Diante de Deus, do juiz e dos elementos da natureza. E diante de
todos. Claro. Em espírito.
Puta
merda. Gabe sabia que sua mãe o mataria no final daquele mesmo dia.
Vég
Uauuuuuu... Muito bom!!!
ResponderExcluirOwnnn <3
ResponderExcluirTb achei fofo!!!! Uhuuuu...
ResponderExcluir\
Bju
M.S Fayes
Adoreii! Estou querendo o próximo livro que será o da Fay, mas quero MESMO é o da Lana, vai ser lindo <3 Espero que não demore muito!
ResponderExcluirQue história! E que homem é esse menina? Adorando conhecer. rsrsrs
ResponderExcluir