Catarinense de certidão e paranaense com orgulho, Lhaisa Andria nasceu em Xanxerê e cresceu em Foz do Iguaçu. Desde cedo se encantando com mundos fantásticos, não demorou em descobrir as fanfics e aprimorar suas formas de escrever nesse universo de possibilidades. Junto com amigas durante a escola, criou o grupo de escritoras LAP, ativo há mais de 10 anos, onde produz textos e desenhos relacionados aos seus interesses. Licenciada em Letras, atualmente é redatora da Trafor BrandThinking e faz parte de ALEFI (Academia de Letras de Foz do Iguaçu).

Fale um pouco sobre você. Seus hobbies, sua trajetória profissional, etc.
L: Sou formada em
letras, dei aulas por um tempo, durante e depois de sair da universidade.
Trabalhei muito em eventos, tanto conduzindo quanto dando oficinas neles. Hoje,
sou redatora na Trafor Comunicação, trabalhando com o desenvolvimento de marcas
(é um pouco mais complexo que simplesmente escrever um texto publicitário, uma
vez que se deve pensar em toda a construção de uma marca. Um trabalho onde eu
posso aplicar a escrita da mesma forma que escrever um livro, todo o dia :D).
Meus hobbies são bem caseiros, já que eu sou caseira :D Adoro ler e assistir
filmes/doramas/animes. Faz um algum tempo que tenho um Wii (retomando hábitos
antigos), mas muito pouco tempo para jogar ultimamente xD Faço parte do
AnimeFoz, um grupo que organiza eventos dentro da temática animes aqui na minha
cidade, e sou a responsável pelo AnimeKê. Isso já explica totalmente o fato de
você me encontrar muitas vezes do dia cantando em japonês, principalmente
Arashi xD
E a
pergunta que não quer calar o que é a LAP?
L: A LAP é uma
união de interesses, vontades e sonhos. Quando eu estava na oitava série (agora
é nono ano?), comecei a ler Harry Potter. No ano seguinte conheci a Paula. Como
tenho um dom de empurrar pessoas em algo e as levar a gostar daquilo, Paula foi
uma das minhas primeiras vítimas xD Ela me viu rabiscando um desenho na sala,
perguntou o que era e eu expliquei, ela se interessou e pediu emprestado o
livro sobre o desenho. A partir daí foi uma viagem sem volta. Passamos de
colegas para amigas, entramos para o grupo de teatro, começamos a escrever
fanfics juntas. No ano seguinte conhecêssemos a Alessandra, que sempre nos
incentivou a sonhar alto. Nossas conversas no papel (sim, aquela troca de papel
que não deveria existir durante as aulas) as vezes ficavam confusas, e tivemos
que começar nossas falas com as iniciais. Assim surgiu a sigla LAP, e assim nos
tornamos reconhecidas na escola como um grupo que produzia algo (e que não
precisava ser repreendido por não prestar atenção na aula e trocar papéis xD).
Mesmo depois de nos formarmos, de nos separamos por quilômetros, continuamos
produzindo. Em 2014 a LAP completa 13 anos :D
Você
tem algum autor preferido? Série favorita?
L: Na verdade, eu
tenho um tipo de leitura favorita: aquela que me diverte ou que faz alguma
diferença. Harry Potter fez diferença na minha vida. Atualmente estou lendo a
série Heróis do Olimpo e me divirto muito com a leitura xD Adoro fantasia e
histórias que lidam com magia, mas esses elementos não precisam estar presente
para que eu me encante com a história (afinal, magia pode existir em um simples
sorriso xD).
Você tem hora certa para escrever? Conta aí
como você organiza sua rotina.
L: Hum, rotina é bem
complicada. Apesar de oficialmente eu só ter um emprego, trabalho em vários
lugares. Minha família tem uma mercearia de bairro, então sempre em algum
momento eu preciso trabalhar nela. Trabalho com eventos, faço parte da Academia
de Letras de Foz do Iguaçu (ALEFI), tenho os assuntos do livro e uma estante
cheia de livros que estão na fila para ler xD Escrevo entre os meios de tudo
isso, conforme dá. Vou anotando ideias, sempre, no celular, no caderno, em um
pedaço de papel que está dando bobeira por perto, na mão, onde der. Mas, esse
ano tirei minhas férias para terminar o livro 2, e consegui. Eu tinha escrito
até o capítulo 8, e em uma semana fechei com 24 capítulos. Acho que quando eu
puder ter mais tempo livre (um dia, espero), vou produzir muito mais e
finalmente tirar projetos da gaveta xD
Cinco palavras que definem Lhaisa Andria.
L: Outra dia,
respondi uma pergunta assim em 3, então aqui dá para acrescentar as que
precisei descartar: Hobbit, Dul’Maojin, lasanha, arashian e risadas xD
Tenho que dizer que fiquei de boca aberta com
o mundo que você criou. De onde veio a sua inspiração para criar este
mundo tão complexo e magnífico?
L: Almakia não foi
o primeiro livro que eu escrevi. Mas, foi o primeiro que eu comecei a escrever
pensando em publicar, não uma história para fanfic ou para um concurso
literário. A ideia inicial veio de uma fanfic minha, que eu gostava tanto de
escrever que achava que merecia ser um livro. Depois de unir essa ideia com o
elemento pessoa-que-conheci-base-do-jeito-de-ser-da-Garo-lin, Almakia começou.
Mas, nesse começo era bem travado, porque eu tentava montar uma história me
baseando no nosso mundo real e no tempo atual. Quando tomei a decisão de criar
um mundo para os personagens foi que me encontrei na escrita :D
Toda a
temática do livro, foi fruto de pesquisas, foi baseado em alguma em especial,
ou foi mesmo tudo da sua cabeça?
L: Almakia é
baseado na minha fanfic Entre Doces e Dragões, que por sua vez é baseada em um
dorama japonês chamado Hana Yori Dango. A fanfic é toda uma adaptação da trama
do dorama para o universo Harry Potter. Para o livro, mantive alguns elementos,
como os personagens e as relações entre eles. No início eu tinha medo disso:
até que ponto o que eu escrevi pode parecer simplesmente copiado de Hanadan?
Mas, conforme amigos que conheciam o dorama liam, me diziam que lembrava
Hanadan e ao mesmo tempo algo completamente diferente. Mais a fundo, eles me
diziam que gostavam tanto de Almakia como haviam gostado de Hanadan. E era
exatamente essa a minha intenção com a história (e o meu orgulho, já que adoro
o dorama :D). Então, pode se dizer que a base da trama e alguns personagens
vieram da construção que eu já tinha feito no processo de transformar dorama em
fanfic. O mundo e o que existe nele eu criei a partir das necessidades da
história. Sim, pesquisei muito, principalmente geografia (10 anos depois de
terminar a escola é complicado lembrar de tudo com certeza xD). Usei como base
a própria geografia do Paraná e Santa Catarina, por serem regiões que eu
conheço o clima a ponto de poder descrever como os personagens respiram nele.
Tenho um caderno somente com bases de Almakia, toda aquela Tabela Elementar dos
Poderes (sim ela existe e realmente é complicada xD) e o passado do Domínio.
Nesse primeiro livro basicamente apresento a situação atual de Almakia e os
personagens da história, mas a partir do 2 toda a relação passado e futuro
aparecem. Almakia se expande, e exige proporcionalmente mais pesquisas para a
sua sustentação xD
Uma amostra grátis
de Hanadan, com cenas de 3 doramas feitos da história (foram 4 até agora): http://www.youtube.com/watch?v=00GO7sJPxNs
A fanfic está disponível no blog da LAP:
Os nomes e palavras de seu livro me encheram
de curiosidade. De onde veio esses nomes? E qual o significado do título do
livro, Almakia?
L: Eu gosto de
brincar com a sonoridade das palavras. Para explicar como penso nos nomes, vou dar
o mesmo exemplo que usei para explicar para um amigo meu (que está escrevendo
uma história fantástica e que fez a mesma pergunta): Dalla Dandallion. Dalla é
uma personagem que já aparece no livro 1, mas com pouca importância. Só no
livro 3 ela realmente faz parte da história. Ela precisava de um nome pomposo
e, como ela é almakin de vento, precisava de algo relacionado com isso. Pensei
em dente-de-leão, que japonês é dandalion. Dalla foi uma das opções sonoras que
mandei para a Paula e ela escolheu. É basicamente isso: tenho um personagem e
de repente aparece um desses nomes diferentes que brilha aos meus olhos e se
torna perfeito para os personagens xD Foi assim com todos e o processo continua
com os novos.
Já para ‘Almakia’ foi encontrar uma palavra que conseguisse resumir em pouca
coisa tudo o que o Domínio era (poder, riqueza, prosperidade, acima de todos os
outros). Não sei explicar exatamente como surgiu a ideia, mas quando rabisquei
ele no papel se tornou esse, e demorou muito tempo para eu aprender a falar
Almakia e não Alquimia (ainda acontece, vide explicação da dislexia do Kris
xD). Ah, detalhe: no começo era Almaquia, mas trocar por Q por K fez uma
diferença incrível xD
Amo a
Garo-lin, a personalidade dela me cativou desde o começo. Há algum personagem na literatura que inspirou
a criação dela?
L: Ela é junção da
personalidade da personagem principal do dorama, Makino Tsukushi, com uma
pessoa real, minha amiga Caroline. Descobri um dia que a Carol tem uma história
muito parecida com a da Makino, e eu sempre brincava com ela dizendo que se um
dia fizesse uma versão brasileira de Hanadan, ela seria a personagem principal.
Então, quando comecei a escrever, cumpri essa promessa: a Garo tem o senso de
justiça da Caroline, que é mais forte do que a da Makino. É importante dizer
que a Makino original é a do mangá de Hana Yori Dango, mas a personagem no
dorama é mais ‘fechada/trabalhada’. Agora, outro detalhe é que a própria Makino
é baseada na Elizabeth da Jane Austen, uma vez que Hanadan tem como base
Orgulho e Preconceito (livro que também adoro :D).
Kris
tem uma personalidade irritante no começo pelas atitudes e palavras ofensivas,
mas apesar de todo o poder de um Dragão, ele tem um defeito muito aparente em
sua fachada de líder. Você diria que ele é disléxico? E porque dessa ideia?
L: Kris precisava
ter um defeito que o desmoralizasse como líder absoluto xD Tanto, que uma das
cenas que eu mais gosto do livro 1 é a primeira vez em que temos uma cena dos
Dragões sem ser pelo ponto de vista da Garo-lin, onde ele joga toda a pose dele
no chão. O personagem em que ele é baseado do dorama, o Tsukasa, também troca
as palavras, mas no sentido, não na forma de falar. Não considero uma doença. É
só um atrapalhamento que ele não admite ter. Eu mesma tenho muito disso de
falar palavras erradas. Elas simplesmente saem erradas, então é bem fácil de
imaginar esse processo de ele falar errado xD Agora, ao mesmo tempo, na
construção do personagem e na importância dele na história, esse fato já nos
deixa perceber algo importante sobre o Kris: que ele deve ser perfeito, mas que
não é nada mais do que ele mesmo.
Kidari
é uma personagem que me encantou muito no livro, qual a ideia dessa personagem
no livro?
L: Kidari, se fosse
seguir a mesma trama que o dorama, seria uma vilã (óóóóóóó). Assim como no
dorama, Garo-lin é uma personagem que já vive naquele mundo e está adaptada a
ele. Era preciso algo que a fizesse sair dessa zona de conforto e enfrentar os
Dragões. Mas ela não poderia ser a mesma pessoa que no dorama, principalmente
porque a Garo de Almakia aprendeu a analisar as pessoas (como uma defesa para
viver dentro do Instituto). A Kidari passou por essa analise e foi aprovada
como alguém de quem ela poderia se aproximar. Portanto, Kidari não poderia ser
uma vilã. Mas também não poderia ser simplesmente uma personagem qualquer que
entrava na história para esbarrar na Garo-lin. Agora, sobre o que ela
representa de verdade na história, vai ser preciso esperar pelo livro 2. A
Kidari samambaia-sorridente-e-fofa esconde muita coisa que nem ela mesma
entende xD
Toda a
trama tem um que de uma sociedade que podemos identificar com a nossa, era essa
mesmo a sua ideia, de representar um pouco do que vivemos hoje no seu livro?
L: A história gira
em torno de preconceitos e de julgar uma pessoa pelo que ela demonstrar ser,
não pelo que é. Superada essas barreiras que o mundo impõem, podemos ser livres
para pensar em muda-lo. Almakia foi construída pelo orgulho almakin, mas tem
que haver um limite para isso. Garo-lin foi quem começou a mover os
acontecimentos para que os almakins repensem Almakia. Afinal, os Dragões ditam
o rumo de Almakia, e a Garo-lin se torna aquela que vai ditar o futuro dos
Dragões... Levando em consideração os movimentos que começaram a acontecer
agora no Brasil, fico satisfeita em pensar em existem muito mais pessoas
querendo mudar o mundo do que eu imaginava. E, o melhor, com capacidade para
isso xD
Apesar
de aparecer em apenas algumas partes do livros, Kandara me marcou muito, eu
achei o senso de justiça dela emocionante, toda a vontade dela de mudar o mundo
e fazer a diferença. Como foi a criação dessa personagens em especial?
L: Kandara também
tem a sua equivalente em Hanadan, mas elas não são iguais. Kandara tem uma
vontade imensa de mudar o mundo, enquanto a Tsubaki era conformada, já tinha
perdido esse vigor. Entretanto, a Kandara herdou essa vontade. Existe uma
história por trás dos passos que ela deu. O que acontece com ela no livro 1 foi
justamente por saber demais, sendo um problema para a Sociedade Almakin. Pode
parecer solto o pedido que ela faz para a Garo no primeiro livro, mas na
verdade ele está amarrado com uma série de outros acontecimentos e personagens.
De alguma forma, ela passa essa herança para a Garo. Foi tudo o que a Kandara
esconde que me levou a pensar que Almakia não poderia caber em apenas um livro
xD
As
dificuldades que vc encontrou ao escrever o livro, teve alguns dias que você
simplesmente não consegui escrever?
L: Sim, muitos xD É
normal, e por vários motivos, desde o sem vontade nenhuma de escrever, cansaço
e aquele momento em que parece que um muro cresce na frente da história e você
precisa encontrar uma forma de escalar. Tive vários momentos assim no livro 1,
principalmente por naquela época ainda não ter os personagens e as suas maneiras
de pensar tão definidas na minha mente. Eu sabia como eles agiriam, pois já
tinha a experiência de escrever da fanfic, mas como o mundo era novo, a forma
de eles pensar dentro desse mundo também era nova. Uma coisa que me ajudou
muito foram as músicas do Arashi, e por isso usei trechos delas nos livros. No
blog de Almakia tem uma parte de vídeos que coloco as músicas com as traduções
(http://almakia.wordpress.com/videos).
Essas músicas me ajudaram a definir os personagens e o que eles representariam
dentro da história, o que me muitas vezes me fez sair desses momentos de
bloqueios xD No livro 2, meu principal problema foi a falta de tempo mesmo. Já
tinha a história definida, os pontos principais, só precisava sentar e
escrever. Com o 3 agora está sendo o mesmo xD
Arashi continua
lançando músicas que eu acabo ligando aos personagens, o que continua ajudando
na elaboração da história. Logo vou lançar os vídeos com as músicas do livro 2
o/
Esse é o primeiro livro que você publica?
Conta para gente um pouco sobre a sua trajetória para publicá-lo. Foi difícil?
L: Participei de
algumas coletâneas da Editora Andross, e isso que me deu coragem de dar esse
passo para procurar uma editora. Terminei o livro em 2010, e passei 2011
reescrevendo ao mesmo tempo em que enviava para editoras. Paula e eu tomamos a
decisão de enviar o original somente para editoras que aceitavam a versão
digital. Não tinha como bancar mais de um original enviado pelos Correios todo
o mês. Nossa proposta era tentar 2011 dessa forma, enquanto aprimorávamos a
história. Durante todo o ano nós pesquisávamos por editoras e trocávamos
informações. Aconteceu de nas últimas semanas de dezembro recebermos o sim da
MODO. Paula recebeu primeiro, e eu na semana seguinte :D Depois disso, foram 3
meses até ter o livro pronto nas mãos, em 2012 xD Tive problemas com a versão
final do livro: pouco tempo para revisar, prazo curto para produzir e falta de
conhecimento em publicações. Mas, felizmente os problemas não atrapalham a leitura
da história xD
Como
você analisa o campo da fantasia no Brasil?
L: Podemos analisar
por dois pontos de vista: a fantasia escrita por brasileiros e a fantasia
brasileira, uma significando o escrever fantasia e o outro significando o
material fantástico que temos no nosso folclore.
Sobre os escritores, acho que tem aqueles de antes de Harry Potter e depois,
assim como no mundo inteiro. O bum da fantasia atual só aconteceu porque,
gostando ou não, Harry Potter trouxe de volta material antigo e abriu espaço
para novos. Acho que a maior diferença entre os de antes e os de depois é que os
do primeiro grupo ainda se predem a um padrão, enquanto os do segundo fazem
experiências. Acho que as produções dos dois só acrescentam na literatura
nacional como um todo. Agora, é preciso mais ousadia em escrever, e escrever
histórias que os leitores sintam orgulho de ler. Afinal, eu gostar do que
escrevo não quer dizer nada se outra pessoa não gostar (espontaneamente, não
porque te conhece). Bons escritores são aqueles que escrevem histórias que os
leitores acham que valeu a pena ter lido, ter dedicado um tempo da sua vida
para a leitura.
O outro ponto de
vista, que já participei de discussão com outros autores, foi usar o que temos
de fantasia no Brasil. Porém, para escrever sobre mitologia de uma tribo
indígena brasileira ou sobre lendas do sul, é preciso muita pesquisa, tempo e
dedicação. Escrever sobre vampiros, lobisomens, anjos, cavaleiros pode ser
considerado simples diante disso, uma vez que podemos apenas pesquisar na
internet para ter um banco de informações. Escrever sobre um deus indígena pode
exigir uma pesquisa que talvez ainda não esteja no papel, apenas em memórias de
quem tem lembrança. Eu gostaria mesmo de poder ter tempo para fazer um trabalho
assim :D Quem sabe mais para frente xD
A capa
é a coisa mais linda, eu me apaixonei quando bati o olho, como foi o processo
de criação?
L: Sim, adoro a
capa, principalmente a forma como está escrito Almakia (apesar de não ter
dragões xD). Eu não fazia a mínima ideia de como seria a capa para poder passar
informação para a Marina Avila. Simplesmente respondi algumas perguntas e mandei
algumas capas que eu achei que poderiam servir de referencia. Depois de um
tempo que ela foi feita, um amigo meu, ilustrador, finalmente terminou de ler o
livro e me deu uma ideia ótima. Se houver uma outra edição com capa diferente,
já vou saber o que dizer. Para o livro 2 agora foi fácil, uma vez que segue o
modelo da primeira capa xD
Quantos livros terá a série? (Há um número
definido?).
L: Então, tenho até
medo de responder essa pergunta ultimamente xD Pretendo fechar esse arco da
história no livro 3. Mas, isso não impede de haver uma continuação ou mesmo de
outros livros que complementam a história. Por hora, já decidi que haverá um
complemento, o que resulta 4 livros.
Eu
amei os Dragões, todos eles, queria um livro para cada, mas como todos tem um
papel ativo na trama, devo dizer que não terá um para cada, certo? E
nos próximos livros você pensa em focar mais em algum
Dragão, sem ser o Kris?
L: Sim, eles
aparecem mais nos próximos livros. No 2, vemos um pouco mais de Sumerin e
Benar, mas quem tem destaque são o Nu’lian e o Vinshu. Com o Kris longe,
Nu’lian fica mais próximo de Garo-lin, e Vinshu meio que assume o posto de
líder. Os dois lidam com o preço a se pagar de formas diferentes xD Ainda,
Garo-lin conhece a história dos Dragões: porque eles ganharam os títulos,
porque são cinco e porque são amigos tão unidos. E, ao mesmo tempo em que ela
descobre sobre isso, ela conhece um pouco mais do Kris e... spoiler, chega,
próxima pergunta! o/
Para você, qual a importância da relação
autor-blogueiro e qual o papel dos blogs na literatura nacional?
L: Antes de ser
blogueiro, a pessoa é um leitor, e se torna uma referencia para outros
leitores. Desde a publicação do meu livro, acompanhando o impacto que os blogs
exercem no meio, percebi como eles são fundamentais e como nos ajudam na
divulgação. Agora, tem aquele grande problema de vários blogueiros pensarem que
estão fazendo um favor ao autor brasileiro em ler o seu livro. Essa forma de
pensar é justamente um estigma que temos que quebrar: por mais que seja um
sonho alcançado, publicar um livro não acontece em um estalar de dedos...
Usando um contexto atual para falar: não estamos indo para as ruas reclamar que
o governo não investe em educação/saúde/segurança? Como reclamar disso quando achamos
melhor ganhar um livro do que mostrar que acreditamos nos escritores que estão
contribuindo com a construção da cultura do nosso país? Sei que essa é uma eterna
polêmica no meio e um lugar onde todos os novos escritores acabam passando.
Mas, bons blogs e bons escritores ultrapassam essa barreira, com confiança dos
dois lados xD
Qual é a sua mensagem para seus leitores?
L: Continuem
acreditando que vão alcançar seus sonhos. Pode não ser da forma como
imaginamos, mas é possível alcançar com dedicação. Almakia é a minha prova
disso para o mundo xD
Para quem leu, deixo a promessa de sempre dedicar o meu melhor e fazer seu tempo
de leitura valer a pena. Para que não leu, você está absolutamente convidado a
conhecer o mundo de Almakia xD
Você estará presente na Bienal do Livro deste
ano, aqui no Rio de Janeiro? Se sim, quando e onde podemos encontrá-la? (E
comprar seu livro lindo )
L: Sim, estarei na
Bienal! \o/ Sessão de autógrafos no dia 31 de agosto, às 16 horas, no estande
da Modo. Mas, estarei por lá em todos os dias, aproveitando minhas férias (vai
ser fácil me encontrar junto com a Paula, batendo cartão nos estandes todos os
dias xD).

e-mail: lhaisa.almakia@gmail.com
Twitter: @lhaisa_LAP
Fanpage: https://www.facebook.com/Almakia
Blog do Livro: http://almakia.wordpress.com
Blog da autora: laproom.wordpress.com
Já percebi que a politica e sociedade é bem construída. Percebi que a autora tem uma forte influencia da cultura oriental, o que de fato é um diferencial no minimo interessante, a cultura oriental tem muito a oferecer. Mas tirando a questão politica e geográfica que a autora deixou claro que tbm teve influencia da própria região que ela vive, o livro traz uma mistura cultura entre o ocidente e oriente? Pergunto isso pq acho que se bem trabalhando a mistura dessas duas culturas devem enriquecer muito os livros.
ResponderExcluirAmei a entrevista que por sinal só ajudou a me deixar mais curioso sobre o livro.
É um mundo criado, Luiz, não espere encontrar ocidente/oriente ali, representados xD Mas, se você gosta de animes e a forma como eles desenvolvem as histórias, vai gostar. Não é exatamente um padrão japonês/asiático que me influência, mas a liberdade de lidar e explorar as histórias xD
ExcluirDemais né Luis...
ExcluirSabia que você iria gostar!
Já estou amando antes mesmo de ler. Quero esse livro para ontem, mas vou esperar ate a bienal. :D
ExcluirQuem sabe consigo ate um autografo. rs
Que entrevista SUPER legal! A autora é muito simpática e vejo que ela também é super engajada no que gosta. :)
ResponderExcluirEspero que ela consiga ter muito mais tempo para colocar seus planos em prática e que ela tenha muito sucesso nesse livro e nos outros 3 da série que estão por vir.
E acho que vou dar uma passadinha no estande da Modo. Quem sabe não a encontro por lá?
Um beijo,
Luara - Estante Vertical
Estarei por lá, Luara! o/
ExcluirLuara, tb estaremos lá em todos os dias!
ExcluirPrincipalmente no 1º fds... Vamos acampar na Modo.. pq tem muitos autores que queremos ver!
Eu já ameacei a Lhaisa... ela não escapa.
Hoje em dia antes de ser escritora é necessário ela ter conhecido fanfic kkk
ResponderExcluirAntigamente era tão difícil encontrar um autor que antes escreveu ou apenas leu fanfics e hoje em dia a coisa é diferente, é quase um requisito kkk
Adoro o fato do mundo das fanfics ser agora um ponto mais visto.
Fanfics são o grande diferencial hoje em dia, para escritores. É um laboratório onde você no mínimo encontra o seu jeito de escrever (bom, na maior parte dos casos xD)
ExcluirUma escritora otome *_* , fico muito feliz de ver meninas cada vez mais abusando do mundo anime *_* Adorei a entrevista e inclusive ela!! Principalmente do fato dela ser nerd hahahaha, me identifiquei com ela em algumas coisas também!
ResponderExcluirMuito boa a entrevista :D